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RPG - Residência De Heloise Clarice Ataide na cidade de Leiria
 
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 [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...

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Heloise Clarice

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MensagemAssunto: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 12:56 pm

[rp]Em meados de Janeiro de 1455

Heloise estava com fome. Há três dias tinha feito sua última refeição e seu corpo estava fraco, a cabeça girando. Houve vezes antes, quando não comeu. Porém ultimamente andava sendo difícil, ficar sem comer. A vida mais leve que ela estava levando, viajando com uma trupe de menestréis frequentando grandes festas, a tinha deixado mais frouxa.

Uma fogueira queimava intensamente em um espaço entre as casas incendiadas. O que uma vez foi uma aldeia agora eram cinzas e desespero, e os saqueadores vasculhavam em meio aos destroços.

Seus olhos escuros se estreitaram, ela chegou mais perto, atenta, sabendo que sua vida dependia de não ser vista. Os homens estavam bêbados, rindo, alguns deles deitados no chão. Ela sabia que deveria esperar mais tempo, até que todos estivessem dormindo, mas a barriga roncava e sua cabeça estava leve como o ar, e pensou que se esperasse muito mais poderia desmaiar de pura fraqueza.

"Agora"- Heloise pensou, dando um passo e depois outro, lentamente ela se aproximou da fogueira, rastejando e avançando.

Ela tinha visto uma sacola de couro um pouco além da luz da fogueira. Um homem haviam retirado alimentos dela e sua boca salivava com antecipação enquanto rastejava pelo chão irregular. Cautelosamente, ela avançou, até que tocou a sacola com a mão. Ela começou a puxar para trás, devagar, devagar, com o braço trêmulo com o peso do mesmo.


— Hey! Ladrão!



A voz acusadora era muito alta. Os homens ergueram-se, olhando em torno, procurando por suas espadas, ainda cambaleantes. Aquele que tinha dado o alarme moveu-se na direção dela e sua boca parecia retorcida à luz do fogo.

Heloise pulou.

Quando eles viram que era uma menina estacaram, mas ela sabia que não tinha muito tempo. Naquele clima de guerra em que vivia Heloise sabia que os homens consideravam as garotas somente para uma coisa. Ela tinha que surpreendê-los para conseguir fugir.

Ela começou a bater palmas e então deu várias cambalhotas, rápida, com as pernas no ar, as saias longas e os cabelos negros caindo sobre ela, percebeu que todos ficaram imóveis enquanto ela se afastava aos saltos. Para a segurança das sombras.
A única visão que tinha dos homens era seus rostos surpreendidos. Tão logo alcançou as sombras, se pôs de pé e começou a correr. Ela sabia que, em breve, eles estariam atrás dela, latindo como cães de caça.

Mas tinha superestimado sua força. As pernas tremeram, sua cabeça girava ,o coração batia forte ,e ela tropeçou numa raiz de uma árvore. Sabia que brevemente eles a alcançariam e que não iria ser capaz de fazer nada sobre isso.
Quando uma mão agarrou seu braço, ela pensou que era um deles e virou-se para encará-lo, determinada a lutar até o fim.

— Muito inteligente, mademoiselle. - Disse o homem.

Sua voz retumbou no silêncio. E ela viu imediatamente que ele não era um dos homens que estavam ao redor da fogueira. A noite estava clara, a lua alta lhe mostrava um homem bem-vestido, com a espada incrustada de joias presa ao cinto e luvas de couro, embora seu rosto estivesse oculto pelas sombras. Aquele homem era alguém importante. Um lord talvez. Um cavalheiro .
Embora, por experiência própria, sabia que estes eram muitas vezes piores do que seus subordinados.

— Deixe-me ir —, disse ela em voz baixa, mais um apelo do que um pedido.

Ele deu uma suave risada .

—Eu acho que não. — o homem puxou-a quando ela tentou escapar, a mão segurando firme em seu pulso.

Logo em seguida os homens que estavam correndo atrás dela apareceram.

—Senhor, nós não sabíamos . . . essa piralha estava roubando nossa comida.

O líder fez um gesto desdenhoso. Jogando Heloise, ao seu comparsa.

- Levem-na ao navio, vamos ver o que conseguimos ganhar com essa ladrãozinha, não estraguem a mercadoria a Sra. Cratchit não pagará muito por uma mercadoria danificada.

Após falar isso, aquele que supostamente seria o líder, deu as costas e sumiu adentro da floresta.

[/rp]
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 12:57 pm

Percebendo as intenções daqueles homens, Heloise tenta escapar. Mas logo o homem corpulento pega uma adaga e coloca em seu pescoço, forçando a ficar quieta.

"Ter uma adaga encostada em seu pescoço pode fazer uma pessoa enxergar com mais clareza a opiniao que tem sobre a própria vida", Heloise pensou.

Permanecendo imóvel enquanto o homem corpulento, um tanto fétido, a segurava de modo desajeitado.
Heloise não parava de pensar, em como foi descuidada, deixando-se pegar por esse grupo de bandidos, ela tinha fugido sua vida inteira de seu padastro para não ser morta. Já tinha sido vendida como uma mera mercadoria, e tudo aquilo parecia um dejavú dos seus piores pesadelos.

Deixou escapar um suave gemido de dor, seu raptor tropeçou e a fria lâmina arranhou sua pele. Por uma fração de segundo, o medo que ela lutava para controlar inflou dentro de seu corpo com tanta força que ela achou que fosse desmaiar. O calor de seu sangue penetrando pelo decote do vestido só intensificou ainda mais o temor. Levou alguns minutos para que conseguisse agarrar algum fiapo de calma ou coragem. A noção de que seu sangue estava fluindo muito lentamente para que seu pescoço tivesse sido de fato cortado ajudou a controlar o pânico crescente.

— Tem certeza de que não podemos tirar ao menos uma lasquinha, Rax? — Perguntou o maior e o mais peludo dos comparsas do seu raptor.

— Ordens são ordens — respondeu Rax enquanto ajeitava a faca sobre o pescoço dela.— Uma lasquinha vai custar mais do que o que ela vale.

— Nenhum de nós vai abrir a boca, e a belezinha não vai poder dizer nada.

— Não vou permitir que você arrisque. Ela pode reagir e isso deixa hematomas. As marcas dirão tudo e aquela vadia da Sra. Cratchitt vai perceber.E depois não vai querer nos pagar muito por essa ladrãozinha aqui. - Disse Rax, amarrando os pulsos e as pernas de Heloise.

— Sim, aquela cafetina velha certamente vai querer tirar alguma vantagem disso. Mesmo assim, é uma pena que eu não possa experimentar um pouquinho antes que ela seja vendida para qualquer um por uma ou duas moedas.

— Pegue a sua moeda primeiro e depois compre uma pequena se quer tanto.

— Mas não será tão limpa e nova, será?

— Quando você tiver dinheiro para tirar a sua lasquinha, esta aqui também já não será mais limpa se aquela bruxa velha a usar do mesmo jeito que faz com as outras.

Após Rax amarra-la, o homem corpulento a joga numa carroça.
Heloise se deu conta de que estava sendo levada para um bordel. Mais uma vez teve de juntar todas as forças para não ficar cega de medo. Ainda estava viva, repetiu a si mesma várias vezes, e pelo visto ainda continuaria por uns tempos. Lutou para fugir deste pensamento. Não ia adiantar nada ficar pensando muito nos horrores aos quais poderia ser forçada a encarar antes que pudesse fugir. Ela precisava se concentrar em uma coisa apenas - escapar.
Não era fácil, mas se esforçou para prestar atenção no caminho que eles estavam fazendo. Porém, com a escuridão, com as voltas e com as curvas, era quase impossível guardar um ponto de referência ou um sinal qualquer que pudesse marcar o caminho de volta do local perigoso para onde ela estava sendo levada. Ela precisava se prender com força à esperança de que realmente iria conseguir fugir, e tudo aquilo não passaria de outro pesadelo.

Eles chegaram em um cais, aonde tinha um navio ancorado. Ela foi levada para o porão do navio, não demorou muito para ouvir vozes. Havia três mulheres e dois homens lá. Os quais apenas deram uma olhada em sua direção antes de retomarem o trabalho que estavam fazendo. Não foi nada encorajador o fato deles parecerem tão acostumados com uma cena como esta, tão indiferentes e desinteressados.

O homem grande e peludo abriu a porta de uma jaula, e a jogou dentro.

— Traga aquela cafetina velha aqui. — disse Rax. — Quero acabar logo com isso.

Um dos homens que estavam no porão, o olhou zangado, mas não disse nada, logo sumindo pelas escadas.

- Espero receber muito por você, sua ratinha magrela.

"Ratinha magrela? " - Heloise pensou profundamente ofendida.

Logo em seguida o homem que tinha saido do porão, voltou acompanhado de uma mulher de meia-idade.

- Traga para mais perto de mim, quero vê-la. - disse a mulher.

Rax abriu a jaula, agarrou Heloise pelo braço e a puxou jogando-a aos pés da mulher.

Heloise levantou-se e ficou ereta diante dela. A senhora a olhou dos pés a cabeça, analisando ela, como se fosse uma mera mercadoria, a procura de defeitos.
Se sentindo ofendida, ela cospe no rosto da velha. A mesma a olha furiosamente, dando-lhe um belo tapa na face de Heloise.

- Arisca...meus clientes vão gostar de você.

— Agora, dê o nosso dinheiro. - disse Rax.

- Ela não vale tanto assim.

— Não é nada esperto tentar me enganar, Cratchitt. Todo mundo sabe que você lucra muito com essas vadias e essa é limpa e nova — disse Rax, fixando seus olhos frios em Heloise. — Tenho certeza que vários cavalheiros vão querer pagar uma boa quantia para ser o primeiro.

Cratchitt o entregou descontente, um saco de moedas ao Rax. -Agora saiam daqui. - disse ela a Rax e ao seu companheiro.

Assim que Rax e seu companheiro se foram, Cratchitt disse olhando para Heloise:

- Tenho planos para você menina. Assim que chegarmos ao meu bordel, te arrumarei para a chegada de uns cavalheiros muito ricos que estão à procura de algo especial. Diferente, como eles disseram. Eles têm um amigo que está prestes a se casar e desejam dar a ele uma festa de despedida de solteiro. Você vai servir direitinho para isso.

Heloise não pensou duas vezes, avançou na direção da velha, querendo esganar-la, mas quando estava preste de agarrar o pescoço dela, tudo ficou escuro.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 12:58 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
As paredes em pedra e a lareira apagada deixava o toda aquela sala completamente gelada e o vento soprava pela janela deixando aquele ambiente um ar macabro, a criança chorava ao lado daquela que o tinha criado como filho e atrás encontrava-se o que o tinha criado como avô responsável pelo massacre que tinha ocorrido naquele local. apertando o punhal da espada de sua mãe que estava ao lado do seu corpo, ele perguntava o porque dele ter feito tamanha atrocidade com sua própria família, e quando o patriarca se aproximou o pequeno Ragnar levanta-se subitamente girando seu corpo cravando a espada na cabeça de seu avô no sentido do maxilar a parte superior da cabeça, apenas um golpe foi necessário para acabar com a vida do velho patriarca, sentindo o sangue espirrar em seu rosto, ele olhava fixamente para seu avô com um ódio que nunca havia sentido antes e então aquele homem cai de joelho e ele não largava a espada ainda cravada em seu crânio, observando o sangue correndo pela lamina da espada passando por entre seus dedos e gotejando no chão sem acreditar em tudo aquilo, puxando a lamina que fazia apoio para entre os dois o corpo cai estirado ao chão aumentando ainda mais a poça de sangue entre eles. Sem perceber que muitos ja havia adentrado no recinto e assistido aquela cena sem acreditar no que viam, um homem se aproxima da criança segurando sua mão trazendo a atenção da criança para si, consegue soltar a sua mão daquela espada e antes que a criança pudesse falar algo ele acerta o golpe na boca do estômago da criança fazendo-a desmaiar em seus braços.
Já se havia passado 10 anos desde aquele ocorrido, porém todos os detalhes do que havia ocorrido naquela noite ainda eram bem vivas em suas memórias como se tivesse acontecido a poucos dias. Uma caneca de cerveja é colocada sobre a mesa em que ele se encontrava cortando seus pensamentos…
pensando em que rapaz? perguntava aquele que o havia resgatado aquela noite e cuidado dele e treinado para ser o que ele era hoje.
nada demais!!!
pensando em lutas? ou em como vai se divertir com as mulheres dessa cidade? solta um sorriso sarcástico para o amigo
e quando chega a mercadoria? perguntava para mudar o curso da conversa…não aguento ficar mais um dia nessa cidade!!
essa madrugada rapaz…porque a pressa?…tente relaxar um pouco e curte sua cerveja já esta tudo certo…assim que o barco chegar pegamos a mercadoria e voltamos para Roma como sombras.
Ragnar ficou encarando aquele homem e em como o amou como filho lhe ensinando a ler, escrever, falar outros idiomas, manejar armas, lutar, se comportar com um homem da corte, o ensinou a ser uma sombra assassina a serviço da igreja, seu nome era Micheletto Corella.
O local em que se encontravam era animado, com pouca luz no recinto, cheiro de bebida estava empreguinado naquele local, as mesas era de madeira bem grossa e bruta, pouco trabalhada, a musica era tocada bem alta animando os frequentadores e na parte superior daquele estabelecimentos haviam muitos quartos usados pelos homens de diversos locais da cidade que iam ali não apenas para beber mas para se divertirem com as belas meretrizes que haviam naquele estabelecimento. Aquela noite em especial estava muito cheia o estabelecimento, mulheres sentada nas pernas de homens bebendo cerveja com eles, alguns tendo relações ali mesmo sem se importar com os outros. Por vezes o dono do estabelecimento tinha que ser bastante rude com alguns frequentadores  por causa de suas condutas.
A conversa entre os dois foi ate altas horas e Ragnar gostava desse tempo com seu mestre, ele gostava de ouvir as historias contada por ele e aprendia muito com cada uma delas, tinha aprendido não apenas a ouvir e memorizar cada uma delas, mas a sempre tirar uma lição de cada uma delas, então um homem se aproximo de Micheletto e fala algo em seu ouvido então Ragnar entende que ja é hora de partirem, deixa 4 moedas sobre a mesa e acompanha Micheletto para fora do estabelecimento. Dois homens se aproximam trazendo ambos os cavalos deles, dois belos cavalos de porte esplendido sendo um branco e outro negro e sem demoras montam e cavalgam em direção ao cais da cidade…Chegando bem proximo do cais Micheletto faz um sinal onde os dez homens que o acompanhavam pararam, descendo do cavalo convida Ragnar para o acompanhar o que de prontidão o acompanha cobrindo sua cabeça com o capuz de sua manta, ele observa todo o local, o chão sujo e molhado, alguns ratos a caminhar pelo local, alguns pescadores por ali preparando seus barcos para zarparem para o trabalho daquela noite e pergunta o que realmente eles haviam ido buscar…
Você ira descobrir em breve criança!! (falava assim pois sabia que isso o irritava)
Sabes que odeio quando me chama assim!!!
Gosto de vê-lo irritado as vezes!!
O navio ja se encontrava atracado quando chegaram e os marinheiro ja estavam a descarregar as mercadorias quando os dois se aproximaram…
Capitão…
Micheletto
E nossa encomenda?
Como solicitado pelo meu cliente esta aqui!! não imagina o quanto foi difícil conseguir!!! sem falar dos subornos para que passasse despercebida….
Foste bem pago por isso, então não reclame!!!
O capitão então os convida a subirem no navio para mostrar então uma caixa aos dois, ao subirem quatro homem desciam uma enorme caixa coberta por uma lona e no entanto Ragnar percebe uma mão para fora da caixa porém continua seu percurso de acompanhar o capitão daquela embarcação, estando dentro do navio é exposto o produto que estavam ali para pegarem, Ragnar então pergunta:
Isso não é??? e antes que pudesse terminar de falar seu mestre responde que sim cortando o assunto…
pensei que isso ja tivesse sido destruído a séculos como se conta a historia?!
parece que não meu jovem!!!
O Capitão então da a ordem aos seus homens para descer a caixa para o cais, já fora da embarcação a caixa, Micheletto dá sinal para seus homens se aproximarem para preparar a mercadoria para viagem e fica a conversar com o capitão…Enquanto Micheletto conversava, Ragnar observava todo o movimento local, analisando tudo, coisa que havia sido ensinado a fazer desde novo…deixando seu mestre um pouco de lado, caminhou ate próximo a uns caixote e ajoelhando-se observa uma jovem que deveria ter entre 12 a 14 anos de idade no máximo, ela estava bastante machucada e suja de sangue e aparentava esta bastante fraca e desnutrida. Levantando-se caminha novamente para próximo de seu mestre e do capitão do navio então pergunta ao capitão:
Qual o crime daquela criança?
Que criança? pergunta o capitão
Aquela que tentaram esconder dentro daquela jaula
Que jaula rapaz?
Ragnar então pega no pescoço daquele homem e apertando bem forte, deixando-o quase sem fôlego
não me trate como seus capachos…se tem amor a sua vida, me fale logo
apenas uma escrava meu senhor!!! Ela foi comprada por uma senhora e fomos pagos para trazer ela para cá mas o que será feito dela não sei!!!
Quem foi a pessoa que a comprou? e pelo traços do rosto dela, pela maciez de sua pele e mãos macias ela nunca foi escrava!!! essa jovem foi tirada de sua família e vendida como escrava….quem a comprou???
Cart…cof cof…Cartchitt meu senhor…fui pago por ela para traze-la
Soltando o pescoço daquele homem Ragnar diz: conheço ela!!! é uma cafetina e pilantra bastante conhecida em toda a Italia!!!
Meu senhor, por favor, me deixe apenas entregar a jovem a ela como foi combinado ela pagou bastante por ela e espera ter bastante lucro com ela!!!
Como se chama? Pergunta Ragnar aquele homem
Paolo
Tens filha?
Dois rapazes e duas meninas senhor!!!
Imagina suas duas meninas sendo violentadas em sua frente, como você se sentiria?
Não gosto nem de imaginar tal situação com minhas duas princesas!!!
Infelizmente sua mercadoria foi acometida de terrível enfermidade e morreu durante a viagem e para que a tripulação não viesse a sofrer de tal enfermidade também ela foi atirada ao mar!!!
Por favor meu senhor não faça isso comigo….suplicava o capitão
O que você acha que se a sua amada igreja souber de tamanho crime cometido por você faria?? retrucou Ragnar
Certamente meu senhor, a jovem foi acometida de enfermidade e morreu durante a viagem…Cartchitt vai desejar minha cabeça quando souber…
Muito bem!!!
Ragnar segue então para a direção daquele caixote e abaixando-se passa a mão no rosto daquela jovem e dando ordem aos homens para que colocassem em cima da carroça junto com a outra mercadoria. Micheletto observava o olhar de Ragnar e já conhecia muito bem aquele olhar compassivo por inocentes e aliviado ao mesmo tempo por não ter matado o capitão do navio e aproximando-se do pupilo pergunta:
o que pretende fazer com essa criança?
ainda não sei…mas sei que ela merece um futuro diferente do que estava reservada a ela junto com essas pessoas…talvez um futuro igual ao que o senhor me deu, fazendo o mesmo que estou fazendo agora por ela!
batendo no ombro de seu pupilo ele diz:
não entendo como pode haver ainda bondade e compaixão dentro desse coração, tendo uma vida de sangue em suas mãos…apesar de anos você ainda me intriga rapaz..vamos, já perdemos tempo por demais aqui.
eles precisam saber da existência dela?
precisar não precisam, mas acha que não irão saber?!
não tenho duvidas disso…vamos, como já disse, já perdemos tempo por demais aqui e o caminho é longo e ela esta queimando em febre!!!
cuidaremos dela pelo caminho e se ela tiver sorte irá sobreviver!!
Os dois seguem em direção as suas montarias para seguirem viagem. A viagem até Roma durou dias, no entanto foi uma viagem sem nenhum acidente ou imprevisto como eles esperavam acontecer…apesar de dias cansativos como esses, Ragnar gostava do fato de não ficar dentro dos muros de Roma, o fato de cobra comendo cobra dentro da igreja o deixava enojado e com nojo de muitos, mas também sabia que havia pessoas boas ali que eram oprimidas pela luta do poder…mas sempre observava a garota e a alimentava e a medicava, por inúmeras vezes tentou puxar conversa com ela, mas a mesma permaneceu em silencio até chegar a Roma. Chegaram a Roma de madrugada como programado e se dirigiram para igreja mãe, Ragnar e Micheletto instalaram-se dentro da igreja onde possuiam quartos por conta da importância que os dois tinham e pelo serviço que executaram e executam em nome da igreja. Guardaram a mercadoria pela qual passaram dias em viagem em um lugar seguro e o rapaz acomodou a jovem em um quarto de aproximadamente 16m2  ali permaneceu ate o dia seguinte.
Logo pela manhã Micheletto e Ragnar se apresentam a Santidade da Igreja o Papa com a mercadoria da qual tinham sido responsáveis a trazer…Foi um longo período de conversa com o papa sobre a tal relíquia e como de costume Ragnar e Micheletto sempre preferiam ouvir mais do que falar e apenas falavam quando solicitados e logo após aquele momento com o líder máximo da igreja os dois se retiram do recinto e caminham juntos para a cozinha afim de comerem algo pois ja se fazia 24h que não comiam absolutamente nada.
Após comerem e conversarem bastante ele prepara uma porção de sopa com dois pães algumas frutas e uma porção de vinho para levar a jovem que haviam trazido junto com eles e se encaminha para o quarto da jovem afim de alimenta-la. Ao chegar a porta do quarto conversa com os dois guardas que estavam ali e os despedem entrando no quarto logo em seguida encontrando a jovem ainda dormindo dirigi-se a uma pequena mesa próximo a cama para colocar a bandeja com aquela refeição.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 12:59 pm

- Tenho fome - disse Heloise, olhando para os dois homens, que estavam no porão do navio, escondendo algo dentro de uma caixa. Eles olharam para ela por um momento, a ignorando logo em seguida, voltando a fazer o que tinham começado.

-Tenho certeza que aquela velha, não vai gostar de me encontrar morta.

Um dos homem, baixo e rechonchudo se aproximou de Heloise e disse:
- Tenho certeza criança, que você iria preferir a morte, ao invés do destino que a Sra. Cratchitt te reserva.

- Vamos demostrar, Lex. - Disse o outro, aproximando-se dela, a erguendo pelo queixo.
Heloise cospe no rosto dele. No qual em resposta, ao seu atrevimento ele dá um soco na barriga dela, fazendo cair encolhida no chão. Não satisfeito começa a chutá-la excessivamente.

- Já chega, assim irá matar a garota. - disse Lex.

- Essa ca...

(...)


Ao abrir os olhos, Heloise descobriu-se sozinha deitada em uma cama, forrada de seda azul. Ainda meio sonolenta e um pouco tonta, via os raios de sol que atravessavam as cortinas das janelas.
Não estava mais no navio, muito menos na França, de alguma forma ela sabia disso, apesar de não ter ideia de onde estava.
Tentou organizar os pensamentos, tentando se lembrar como foi parar naquele quarto e principalmente, se perguntava aonde exatamente ela estava. Olhou ao seu redor, cada canto do cômodo procurando uma saída.
Se ela estava no Bordel de Cratchitt, teria que fugir antes daquela velha aparecer, com o tal cliente.
Foi quando viu uma bandeja cheia de comida, em uma pequena mesa próxima da cama.
Estava faminta, não hesitando, levantou-se da cama, um pouco cambaleando e caminhou até aquele pequeno banquete.
Enquanto degustava da comida, ficou pensando em uma forma de fugir.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:00 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
- é bom olhar você bem melhor e animada para comer pequenina!!!
Fala Ragnar entrando no quarto e percebendo o olhar assustado da jovem
- agora se fosse você iria devagar na comida….não precisa ficar assuntada, aqui ninguém vai escraviza-la ou usa-la como mercadoria para diversão de outros, tens a minha palavra…mas preciso que você fale comigo…
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:00 pm

- é bom olhar você bem melhor e animada para comer pequenina!

Heloise não tinha visto aquele homem entrar no quarto. Ele era bastante mais alto que ela, ombros largos, tórax imponente, braços musculosos, olhos verdes, cabelos negros e uma voz profunda e direta.
Ela tinha sido descuidosa, mas também fazia muito tempo que não degustava uma comida tão gostosa, por isso ficou distraída, degustando a comida, ao ponto de não ouvir a porta se abrindo.

Cuidadosamente, pegou a faca que tinha usado anteriormente para corta o queijo e a carne e a escondeu nas dobras do seu vestido. Se esse homem era o cliente do qual a Cratchitt, tinha falado, ela iria mostrar para aquela velha que não seria uma presa fácil.

- agora se fosse você iria devagar na comida….não precisa ficar assustada, aqui ninguém vai escraviza-la ou usa-la como mercadoria para diversão de outros, tens a minha palavra…mas preciso que você fale comigo…

Heloise permaneceu muda, parada, encarando ele. Parecia que de uma certa forma ele sabia o que ela estava pensando. Mas se ele não era um dos clientes da Cratchitt, nem um dos comparsas dela, então quem ele era?

- Quem é você? - Heloise ousou-se a perguntar.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:01 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
Ragnar adentra no recinto fechando a porta e caminha para um canto do quarto onde se encontrava um banco mas sem olhar para a garota, sentando-se no banco e olha fixamente para os olhos castanhos e bem expressivos da jovem que trajava apenas uma camisola branca de linho egipicio (cuidado esse que ele teve de troca-la quando a colocou naquele quarto devido a situação de suas roupas quando chegou), sua pele era branca levemente corada o sol de rosto bem delicado e cabelos longos e negro com leves ondulações. Por um bom tempo ele apenas a observou sem falar uma única palavra, apenas analisando-a, apos um tempo ele quebra seu silêncio:
- Me chamo Ragnar Lothbrok... e antes que me pergunte onde estamos, nós estamos na cidade de ROMA...e faca escondida em seu punho sob a maga de sua camisola você pode deixar sobre a mesa, não tenho inteções alguma com você...como lhe disse, aqui ninguém fara mal algum a você enquanto estiver sobre minha proteção...como a bela criança se chama? E o que você aprontou para que chegasse a ser comprada por uma dona de bordel da cidade de Milão?
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:02 pm

- Me chamo Ragnar Lothbrok... e antes que me pergunte onde estamos, nós estamos na cidade de ROMA...

"Em Roma, estou na Itália..." - Heloise pensou, meio espantada.

- e a faca escondida em seu punho sob a maga de sua camisola você pode deixar sobre a mesa, não tenho intenções alguma com você...como lhe disse, aqui ninguém fara mal algum a você enquanto estiver sobre minha proteção...como a bela criança se chama? E o que você aprontou para que chegasse a ser comprada por uma dona de bordel da cidade de Milão?

Heloise não era uma garota obediente, ela era impulsiva, geniosa, fazia sempre o que queria e isso sempre a colocava em confusão. E o fato de começar a achar aquele homem meio arrogante, controlador... Começava a irritá-la, ela não queria conversar, queria voltar para França.

- Como assim sobre sua proteção? Sou sua prisioneira? - Perguntou Heloise, ignorando as outras perguntas.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:03 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
- Como assim sobre sua proteção? Sou sua prisioneira? - Perguntou Heloise, ignorando as outras perguntas.
Ragnar da um leve sorriso e estendendo seu braço esquerdo com a palma da mão para cima em direção a porta sem tirar os olhos da jovem:
- Ainda não respondeu a minha pergunta...e se desejar brincar com as palavras garanto que irá perder essa brincadeira...mas respondendo sua pergunta, a porta não esta trancada e nem tenho guardas do lado de fora!!! Se você desejar ir és livre, não a tenho como prisioneira!!! Mesmo porque se fosse minha prisioneira o tratamento seria bem diferente....além do mais fora dessas paredes e sem minha proteção não posso garantir que viveras muito tempo ou você pensa que aquela puta velha não enviar capangas atras de você? agora vai me dizer como se chama ou terei que vê-la partir como uma cabecinha dura e orgulhosa?
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:03 pm

- Ainda não respondeu a minha pergunta...e se desejar brincar com as palavras garanto que irá perder essa brincadeira...mas respondendo sua pergunta, a porta não esta trancada e nem tenho guardas do lado de fora!!! Se você desejar ir és livre, não a tenho como prisioneira!!! Mesmo porque se fosse minha prisioneira o tratamento seria bem diferente....além do mais fora dessas paredes e sem minha proteção não posso garantir que viveras muito tempo ou você pensa que aquela puta velha não enviará seus capangas atras de você? agora vai me dizer como se chama ou terei que vê-la partir como uma cabecinha dura e orgulhosa?

Heloise olha para Ragnar, e logo em seguida para a porta. Estava exausta, desde que a Sophia, veio a falecer, sua vida tinha virado um inferno, sempre a fugir daquele que um dia foi seu "padastro"; e agora se encontrava em um país totalmente estranho, sem dinheiro, roupas e alimentos. Para onde ela iria? Não tinha ninguém.
E de uma forma inexplicável, ela sentia que aquele homem que estava a sua frente não era uma ameaça.
Fechou os olhos por um instante e bufou dizendo:

- Me chamo Heloise Clarice Ataide. Fui pega roubando comida, estava com fome e sem dinheiro.... o que eu poderia fazer... e aqueles que me pegaram, me vendeu para aquela velha. Depois disso, não sei direito o que aconteceu, como vim parar na Itália, ou melhor, como vim parar aqui na sua casa
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:04 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
- Me chamo Heloise Clarice Ataide. Fui pega roubando comida, estava com fome e sem dinheiro.... o que eu poderia fazer... e aqueles que me pegaram, me vendeu para aquela velha. Depois disso, não sei direito o que aconteceu, como vim parar na Itália, ou melhor, como vim parar aqui na sua casa
Ragnar solta uma gargalhada e fica observando o olhar incredulo e ao mesmo tempo zangado da jovem Clarice...
- Seus atos foram de sobrevivencia, infelizmente foi pega por pessoas nada bem intencionadas e sorte sua ainda esta viva....deixe-me adivinhar...você tentou lutar com eles e levou a pior?!
Ragnar ficou olhando os olhos de Clarice fechando-se um pouco e a testa franzino como sinal de reprovação por tal afirmação, ela parecia não gostar de ser desvendada daquela forma, para ele, a jovem parecia ser bem orgulhosa, teimosa e cabeça dura...e para descubrir mais sobre ela, sabia que teria que provoca-la...recompondo-se:
- a alguns dias estava em Napolis com um grupo para pegar uma mercadoria e enquanto conversavamos com o capitão da embarcação olhei você em uma jaula como um animal maltratado, mal alimentado e doente...e confesso que para tira-la dali arrumei um grande problema para aquele capitão, pois a sua “suposta dona não vai deixar barato’’...a observar sua beleza, você traria muito lucro aquela velha, provavelmente muitos senhores de terra pagariam bem por 2h de prazer com você (falava assim afim de provoca-la, pois queria conhecer bem seu temperamento)...posso fazer coisas que talvez não venhas a aprovar quando souber, mas não poderia deixar uma criança naquela situação...e por muitas vezes durante o trajeto de volta a Roma pensei que você não iria sobreviver devido sua febre que insistia em não passar e as duas convulsões, mas acredito que ama muito a vida, pois lutaste bastante para não morrer, fiz o que pude para medica-la no caminho e baixar sua temperatura...e me perdoe por despir você, mas tinha que trocar aquelas roupas e assear seu corpo pois estava bastante ensaguentado e sujo de poeira e não irei comentar o cheiro, poderar tomar um banho assim que desejares e irei providenciar roupas adequadas a uma bela jovem como você...assim que estiveres melhor pode decidir se você vai embora ou se ficará...se desejar ficar, posso lhe ensinar muitas coisas e lhe da uma historia diferente da que teria com aquela velha puta...
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:05 pm

"...Se desejar ficar, posso lhe ensinar muitas coisas e lhe da uma historia diferente da que teria com aquela velha puta... "

(...)

1 ano depois...

As cortinas que se balançavam ao vento da tempestade foram o único indício da entrada dela. Ninguém havia reparado quando escalou a parede do jardim da mansão escura, e com o barulho do trovão e do vento do mar ali próximo, não a ouviram subir agilmente pelo cano.
Impulsionou o corpo até o batente da janela e entrou despercebida no corredor do segundo andar.

Ao ouvir ruídos de passos se aproximando, Pressionou o corpo contra a parede ficando atrás de uma porta semi-aberta.
Escondida por uma máscara preta e um capuz, ela desejou se misturar às sombras. Uma serva se dirigiu com passo arrastado à janela aberta, resmungando ao fechá-la. Segundos depois, a moça desapareceu escada abaixo. Não reparando nas pegadas úmidas no piso de tábuas do corredor, um relâmpago piscou, iluminando-o.

Clarie, a assassina, foi assim que ela queria ser chamada. Ao aceitar a proposta de ser aprendiz do Ragnar. Ela teve que deixar a sua identidade, seu passado para trás.

Clarie respirou fundo, deixando as lembranças aonde deveriam estar, no passado. Voltando a focar-se no que tinha levando até aquela mansão. repassou o esquema que memorizara arduamente durante os três dias que passou observando o Conde. Cinco portas de cada lado. O quarto do Conde Valleriote o segundo à direita.

Ela tentou ouvir se mais algum servo se aproximava, mas a casa permanecia em silêncio conforme a tempestade berrava ao redor.

Silenciosa e com passos leves, caminhou pelo corredor até o quarto do Conde. A porta do quarto do Conde se abriu fazendo um leve rangido. Ela esperou pelo próximo rugido de trovão para fechar a porta atrás de si com cuidado.

Outro flash de relâmpago iluminou o quarto, e ela viu duas figuras dormindo na cama com dossel.
O Conde Valleriote não tinha mais que 35 anos, e a mulher dele, de cabelos ruivos era linda, dormia profundamente nos braços do marido. O que tinham feito para a igreja de tão grave a ponto do Cardeal desejar a morte dos dois?

Clarie seguiu pé ante pé até a beira da cama. Não cabia a ela fazer perguntas. Seu trabalho era obedecer, foi treinada para isso, E não iria fracassar logo na sua primeira missão. A cada passo em direção a Conde Valleriote, repassando o plano em sua cabeça novamente.

A espada deslizou para fora da bainha com um gemido quase inaudível. Ela respirou fundo e estremeceu, preparando-se para o que viria a seguir.

Os olhos do Conde se abriram no momento em que Clarie ergueu a espada sobre a cabeça dele.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptySáb Out 03, 2015 1:06 pm

(...)

    [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... VnLGBs1

Clarie caminhava pelos corredores subterrâneos da igreja. A bolsa pesada agarrada à mão balançava a cada passo, batendo de vez em quando em seus joelhos. Apesar do manto preto com capuz que escondia a maior parte do rosto, os guardas não a paravam conforme ela caminhava em direção à câmara do Cardeal. Eles sabiam muito bem quem ela era — e o que fazia.

Clarie se aproximou das portas, o manto varrendo o chão atrás de si. Ragnar, posicionou-se ao seu lado. Suas botas pretas eram quase silenciosas contra o piso de mármore vermelho. Caminharam lado a lado até o Cardeal, que estava no centro do salão. Com o olhar sombrio fixo na bolsa preta nas mãos de Clarie.
Como fizera nas últimas três vezes, Clarie se abaixou sobre um dos joelhos diante do Cardeal e fez uma reverência.

— Levante-se. - Falou o Cardeal.

Clarie ergueu o rosto das sombras do capuz e olhou para Ragnar, avaliando as linhas do rosto dele. Por toda a expressividade dele, ela poderia muito bem ser uma desconhecida. Mas isso era esperado, e era apenas parte do jogo no qual os dois tinham ficado tão hábeis nos últimos meses. Ragnar poderia ser amigo de Clarie, poderia ser alguém em quem ela, de alguma forma, passara a confiar, mas ainda era o seu mestre — era responsável por ela, e sabia que se fizesse algo que desagradasse o Cardeal, não só a vida dela estaria em risco, como também a dele.
Clarie ergueu o queixo, levantou-se e tirou o capuz.

O Cardeal gesticulou para ela com a mão, o anel de rubi no dedo reluzindo à luz da tarde.

— Está feito?

Clarie enfiou a mão enluvada na bolsa e atirou a cabeça decepada na direção dele. Ninguém, que estava presente no salão, falou enquanto a cabeça quicava sobre o mármore. A cabeça rolou até parar ao pé da plataforma, os olhos do defunto direcionados para o candelabro de vidro ornamentado no teto.

— Ele lutou — Clarie falou.

O Cardeal inclinou o corpo para a frente, examinando o rosto lacerado e os cortes irregulares no pescoço.

— Mal consigo reconhecê-lo.


Clarie deu um sorriso torto para o rei, embora um nó tivesse se formado em sua garganta.

— Receio que cabeças decepadas não viajam bem. — Ela enfiou a mão na bolsa de novo, retirando de dentro a mão do defunto. — Aqui está o anel do selo dele.


Clarie tentou não se concentrar muito na carne em decomposição que segurava, no fedor que havia piorado a cada dia. Estendeu a mão para Ragnar, cujos olhos verdes estavam distantes enquanto pegava a mão e a oferecia ao Cardeal. Os lábios do Cardeal se contraíram, mas ele arrancou o anel do dedo rígido. Então atirou a mão aos pés de Clarie.

— E quanto à mulher dele? — indagou o Cardeal, virando o anel nos dedos diversas vezes.

— Fazendo companhia ao que sobrou do marido no fundo do mar — respondeu Clarie, com um sorriso malicioso, e retirou a mão magra e pálida da bolsa.

Essa continha um anel de casamento dourado, com a data do matrimônio gravada. Ela a ofereceu ao Cardeal, mas ele sacudiu a cabeça. Clarie então devolveu a mão para a bolsa.

— Muito bem, então — murmurou o Cardeal. - Mostraste lealdade a Igreja Aristotélica Romana, seja bem vinda a Irmandade.

Clarie permaneceu imóvel conforme os olhos se detinham sobre ela, sobre a bolsa, sobre a cabeça.
Depois de um momento longo demais, o Cardeal falou novamente:

— Há um certo Lorde rebelde, que anda tentando interferir em meus planos. Ele anda a procura de um novo capitão, o último dele, digamos ...sofreu um acidente. Sua próxima missão é torna-se capitã da guarda dele e descobrir se ele realmente é uma ameaça para a igreja.
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MensagemAssunto: Re: [RP] Todo demônio foi anjo primeiro...   [RP] Todo demônio foi anjo primeiro... EmptyTer Fev 02, 2016 5:53 pm

Ragnarlodbrook escreveu:
[rp]Cardeal…

pronunciou Ragnar, interrompendo o mesmo...

Permissão para falar?

Prossiga Jovem!! respondeu o cardeal..

Tomando a frente de todos, Ragnar caminhou em direção do cardeal, seu caminhar demonstrava bastante segurança e altivez...enquanto caminhava seus pensamentos iam de encontro ao dia em que encontrou jovem Clarice, a quem ele havia cuidado e quem ele ainda treinava…no que eu a tornei? fiz certo ensinar a arte da luta? seu gênio jamais se adequaria a uma dona de casa ou simplesmente a uma mulher dondoca da corte…era o que pensava antes de parar bem próximo do cardeal.

Ela não esta pronta para tal trabalho meu senhor!

Como assim não está pronta para o trabalho? veja a sua frente o trofeu trazido por ela!!!

O senhor pode perceber por todo enredo contado por ela! a ordem foi apenas eliminar uma única pessoa e por irresponsabilidade, mais de uma vida foi tirada, a ordem era para que viesse a parecer um acidente para que não fosse levantada nenhuma suspeita, o senhor crer mesmo que não será levanta suspeitas de quem foi o assassino?! como dois corpos somem assim do nada?!

Você tem razão!!

Peço perdão por esta falha…sou eu o seu mentor e eu mesmo a indiquei para o serviço por acreditar que estava apta, mas percebo que ela ainda tem muito a aprender!!! Dou minha palavra de que irei concertar esse imprevisto!! e quanto essa nova missão, Michelleto e eu podemos indicar alguém de nossa confiança para este serviço se for do agrado de vossa santidade…

Confio na decisão dos dois, prepare tal pessoa para o serviço!! E sobre a jovem, confio que deixará ela apta para nossos serviços…Estão todos dispensados…deixem-me sozinho…

Dito isso, Ragnar caminha em direção a sua pupila e dando sinal com a cabeça ambos saem da sala por uma porta diferente dos demais…

vou torna-la o que um dia você me pediu, uma sombra da morta, alguém realmente capaz de matar sem deixar rastro da sua presença…e nunca mais ira cometer tais erros cometidos nessa missão...
[/rp]
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